sábado, 29 de dezembro de 2012

Projeto Navega São Paulo



Fui convidada para navegar no rio Tietê por conta do Projeto Navega SP que foi um evento promovido pela  MAPFRE e  Rede Ecoblogs. Navegamos pelo trecho mais degradado do rio Tietê a bordo do barco do Instituto Navega São Paulo.
O Porto fica localizado embaixo da ponte do Cebolão e assim que chegamos lá fiquei indignada com os pneus jogados ao ar livre (e a prevenção da Dengue?) e os restos de embarcações jogados dando a impressão de que estávamos num verdadeiro ferro-velho! Será que isto já foi resolvido?





Assim que chegamos fomos presenteados com uma camiseta feita com fio de pet com o logo da MAPFRE e da Rede Ecoblogs na cor verde que representa a Natureza. Eu adorei! Ela é tão quentinha que nem sentimos frio no meio do rio.




Falando um pouco do Tiete sabemos que ele nasce em Salesópolis, na Serra do Mar e faz o caminho contrário, do mar para o interior percorrendo 1.100 quilômetros até sua foz no rio Paraná banhando neste percurso 620 municípios. 


É emocionante pensar que ele nasce de apenas um filete de água e que no seu percurso vai recebendo as águas de seus afluentes que o deixa bastante volumoso. Ele apresenta vários desníveis no seu caminhar que é aproveitado para a construção de várias barragens destinadas à produção de energia elétrica. Ele nasce purinho em Salesópolis, porém, conforme se aproxima da cidade de São Paulo vai recebendo o esgoto de várias cidades que não tem o devido tratamento e quando chega na cidade de São Paulo ele está totalmente poluído. 









Só para terem uma ideia quando o rio nasce ele tem 8 miligramas de oxigênio por litro d”água, depois de 15 km ele já apresenta 5 miligramas e quando chega em São Paulo ele não tem nada de oxigênio, ou seja, é um rio morto. Como vocês leram na postagem que fiz sobre as ações do Instituto Coca-Cola e o SOS Mata Atlântica o rio Tietê está sendo tratado e recuperado e na minha região ele já não está tão poluído e já há vida nele, ou seja, há peixes. 






Enquanto navegávamos pelo Tietê observávamos um monte de bolhinhas estourando na superfície e nos foi explicado que são gases oriundos do lixo que é depositado no seu leito. As crianças que também estavam no passeio ficaram indignados com esta informação e fizeram muitas perguntas querendo entender o que faz o homem agir assim contra a natureza. 

Veja a explicação que a Fernanda que trabalha no NavegaSP nos deu sobre o rio Tietê:

  



Em 1992 motivado por um movimento popular que reuniu mais de um milhão de assinaturas, o Governo de São Paulo criou o programa de Despoluição do Rio Tietê que iniciou com a exigência, através da Sabesp, de que as indústrias tratassem seu lixo industrial(resíduos e contaminantes) para depois então jogar no Tietê e que o esgoto também fosse tratado.
“A meta é aumentar a quantidade efetiva de esgotos tratados, com o encaminhamento máximo dos esgotos coletados para as Estações de Tratamento. Ao final dessa etapa 90% da população urbana será atendida pelo serviço de coleta de esgotos e o tratamento atingirá 70% de esgoto coletado.”



Vamos refletir sobre o que podemos mudar nas nossas ações para melhorarmos a realidade que temos hoje. São nas pequenas ações que estão as grandes diferenças. Vamos procurar dar um fim sustentável no lixo que produzimos diariamente. Vamos levar nossa sacola ecológica ao supermercado, vamos deixar de andar de carro nas pequenas distâncias, e vamos acima de tudo, educar através dos bons exemplos, as crianças que nos rodeiam. Ao invés de usar copos descartáveis tenha sempre com você a sua canequinha. Para que beber um copo de água e jogar este copo fora. Veja a imensidão de copos descartáveis que são jogados fora diariamente. É esta visão que devemos ter no nosso cotidiano. Seja você um multiplicador deste conceitos. Tenho certeza que a natureza irá agradecer e muito.
Este aviso estava no banheiro do barco do NavegaSP. Ações simples porém fundamentais.


Esta é uma excelente opção para as escolas de São Paulo e das cidades vizinhas realizarem com seus alunos.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Florença - capital da Toscana em 2011



Saimos de Roma com destino a Florença (quase 300 km) onde tínhamos reservas no Hotel Ariele - Via Magenta 11, Porta al Prato - Florence, 50123 pertíssimo do Rio Arno. Alugamos um carro em Roma e colocamos o pé na estrada.


Imagine três mulheres viajando pela Itália, indo para Florença que foi, durante muito tempo, considerada a capital da moda. Não teve outro jeito, tivemos que alugar o maior carro disponível - um Passat



Quando chegamos em Florença já era noite. Descemos as bagagens e fomos jantar. No dia seguinte, logo cedo, saímos para conhecer Florença à pé.  Fomos margeando o Rio Arno que estava maravilhoso refletindo as margens em suas águas  em razão de um belíssimo dia de Sol.




Os moradores de Florença ficam mais na parte sul preservando todo o centro histórico que acaba sendo frequentado pelos turistas.

Florença foi construída no local onde era um acampamento militar romano. 
Foi o símbolo do Renascentismo e "atingiu o domínio econômico e cultural da sua região sob o domínio da família Médici nos séculos XV e XVI. [W]






                               

Florença serviu de berço para alguns dos maiores artistas da época do Renascimento. Desde o tempo de  Giotto (1300) e de Masaccio (1400), os artistas florentinos se destacavam e eram reconhecidos por todas as pessoas que apreciavam a arte.


Seguimos pela Lungarno Amerigo Vespuccio (que é esta avenida beirando o Rio Arno) para visitarmos os pontos turísticos.



Leonardo da Vinci ( 1452 - 1519) nasceu em uma aldeia Toscana chamada Vinci e foi aprendiz na mais importante oficina de Florença cujo mestre era Andrea del Verrocchio muito famoso recebendo encomendas muito especiais de diversas cidades italianas.

Também nasceu em Florença de Dante Alighieri, autor da "Divina Comédia", Michelangelo, Botticelli, Rafael Sanzio, Donatello, entre outros.


Logo avistamos a Piazza Ognissanti - A Igreja de Ognissanti (All-Saints Church) é uma igreja franciscana fundada pela ordem leiga do Umiliati, uma ordem beneditina particularmente hábil em lã de fabricação.


Foi concluída durante o ano de 1250, mas quase totalmente reconstruída sobre os desenhos barrocos de Bartolomeo Pettirossi, em 1627. Ognissanti estava entre os primeiros exemplos de arquitetura barroca a ser construído em Florença. 

Obras famosas dentro da igreja incluem afrescos por toda a nave de Ghirlandaio e Botticelli (que está enterrado na igreja).
  


Continuamos andando a caminho da Uffizi Gallery




 Magníficas esculturas em mármore de grandes escultores




Uma réplica de David na Piazza della Signoria onde fica localizado   Palazzo Vecchio.




O Palazzo Vecchio Atualmente é a sede do município florentino e no seu interior há um museu com obras de Michelangelo, Vasari e Bronzino.


Entrada principal do palácio Vecchio com o frontispício


Entrada principal do palácio Vecchio com o frontispício









 O primeiro pátio do Palácio Veccio -
Alguns destes arcos possuem buracos, os quais podiam ser utilizados para derramar óleo fervente ou pedras sobre os eventuais invasores.



O teto belíssimo!


Depois de nos deliciarmos com tantas belezas seguimos rumo a Piazza Duomo



Praça da Catedral (Piazza del Duomo) é uma grande praça pública do centro histórico de FlorençaItália. Devido a sua localização privilegiada, é um dos locais mais visitados da Europa. Dentre os principais pontos de interesse, destacam-se o Duomo de Florença, que dá nome ao local; o Campanário de Giotto; o Batistério de São João e o Museo dell'Opera del Duomo.




Encontramos logo que chegamos na Piazza del Duomo estes lindos cavalos que levam os turistas para conhecerem os lugares que desejarem. Percebam que o cavalo de trás está comendo dentro de um saquinho para não sujar a rua.


Realmente é uma emoção muito grande quando vamos chegando perto da  Basílica di Santa Maria del Fiore e nos deparamos com a grandiosidade, magnitude e beleza desta maravilhosa e imensa construção. Parece que não tem mais fim. Os detalhes, o capricho e a imponência são indescritíveis.




O Duomo de Florença, como o vemos hoje, é o resultado de um trabalho que se estendeu por seis séculos. Seu projeto básico foi elaborado por Arnolfo di Cambio no final do século XIII, sua cúpula é obra de Filippo Brunelleschi, e sua fachada teve de esperar até o século XIX para ser concluída.




 Ao longo deste tempo uma série de intervenções estruturais e decorativas no exterior e interior enriqueceriam o monumento, dentre elas a construção de duas sacristias e a execução de esculturas e afrescos por Paolo Uccello,Andrea del CastagnoGiorgio Vasari e Federico Zuccari, autor do Juízo Final no interior da cúpula. 




  Esta é a porta de entrada da Basílica di Santa Maria de Fiori toda em bronze



Bem no momento que estávamos apreciando a maravilhosa arquitetura da Basíilica di Santa Maria del Fiori saíram os cardeais de dentro da Basília e deveriam estar em grande encontro, pois o número de repórteres ali presentes era imenso.

Tentando pegar o alto da Basílica Santa Maria del Fiori


Outra entrada da Basílica com a porta também em bronze


Este é o interior da Basílica


Sobre a porta de entrada há um relógio colossal com decoração em pintura de Paolo Uccello, e acertado de acordo com a hora italica, uma divisão do tempo comumente empregada na Itália até o século XVIII, que dava o pôr-do-sol como o início do dia. 



Veja o relógio mais aproximado (crédito http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Maria_del_Fiore)





                                        


O bloco de mármore, abandonado por 40 anos na lateral da Basílica havia sido entregue ao escultor  Ducci para que esculpisse um profeta, porém  este  morreu inesperadamente. Então Michelangelo resolveu transformar o mármore no colossal Davi, símbolo de luta contra o Destino, assim como o personagem bíblico lutou contra Golias. 

A pedra tinhas estas medidas 8m X 24m X 6m

A obra foi tão contemplada por outros artistas, como Leonardo da Vinci, Botticelli, Filippino Luppi e Perugino, que eles formaram uma comissão para conversar com Michelangelo e perguntar a ele onde seria o melhor lugar para a escultura ficar. O artista decidiu-se pela praça central de Florença, em frente ao Palácio da Senhoria.


Hoje ele encontra-se na Gaaleria da Academia ( Gallery del Accademia) o qual tive, eu e minhas filhas, o privilégio de conhecê-lo e apreciá-lo por mais de uma hora. Ficamos extasiadas.

Porém, não registramos por ser proibido bater fotos.

Fomos em seguida visitar a casa de Miguelângelo. - Fondazione Casa Buonarroti

Aqui morava Miguelângelo e é onde funciona a Fundação Casa Buonarroti - Ele se chamava Miguel Ângelo Buonarroti



Como não podia fotografar lá dentro estou compartilhando as fotos do folder que recebi



A emoção é muito grande pois há desde as primeiras obras realizadas por ele desde muito novo bem como seus experimentos e estudos em todas as paredes e tetos da casa.

Você fica maravilhada! Não sabe para onde olhar primeiro.

É uma energia indescritível.



Também encontramos aqui o modelo do carro que transportou David da Piazza della Signoria até a Gaaleria da Academia em 1873.

Também pudemos assistir a alguns vídeos contando curiosidades sobre a vida deste grande mestre.Veja esta maravilha abaixo. É um dos cômodos interamente pintado, (Fonte) 

Também não era permitido fotografar para preservar as pinturas.

Saímos da casa de Miguelângelo e fomos em direção à Galleria Dell'Accademia, local onde encontra-se o tão famoso David que sonhei tantas vezes em ver de perto. Quando vi o Pensador de Rodin de perto fiquei imensamente emocionada, imagine então quando vir o David (tenho uma réplica em bronze na minha casa, só que pequeno, é claro).

A Galeria da Academia foi fundada juntamente com a Academia de Belas Artes (Accademia di Belle Arti) em 1784 pelo então Grão-Duque da Toscana Pedro Leopoldo. O propósito da criação da Academia era estabelecer um centro de ensino de arte que agrupasse outras escolas existentes, como a já famosa Academia das Artes do Desenho (Accademia delle Arti del Disegno), tendo como sedes o Hospital de São Mateus e o Convento de São Nicolau de Cafaggio. A Galeria da Academia foi fundada, assim, para proporcionar aos estudantes acesso a um grupo seleto de obras de arte que serviriam como estímulo e exemplo para estudo e desenvolvimento dos futuros artistas.[W]

David de Michelangelo foi trasladado para a sede da Galeria em 1873. Anteriormente ficava na Piazza della Signoria.

Uma pena não nos deixarem tirar nenhuma foto!

A escultura é enorme, deve ter uns 4 metros de altura! Há banco em toda a sua volta para que se possa ficar apreciando por longos períodos. Indescritível!


Esta foto retrata a emoção que se sente quando se caminha em direção ao Davi passando por diversas obras de vários artistas. Esta foi tirei deste endereço - Clique Aqui


Já no final do dia voltamos à pé para o hotel, mas antes andamos pela Ponte Vecchio, sobre o Rio Arno, para conhecer as inúmeras lojas, a maioria são joalherias e ourivesarias, ao longo de toda a sua extensão. Quando fomos as lojas estavam fechadas, mas na volta... Uma tentação!

Uma curiosidade: Diz-se que a palavra bancarrota teve ali origem. Quando um mercador não conseguia pagar as dívidas, a mesa (banco) era quebrada (rotto) pelos soldados. Essa prática era chamada bancorotto.


É comum você encontrar nas vitrines das lojas em Florença vestidos, avental, bolsas, calças, pantufas e muitos outros artigos com o tronco do Davi. Registramos este avental. Muito sugestivo, não!


Perto do nosso hotel tinha o Teatro St. Mark's com apresentação de Óperas.


 Chegamos em Florença no dia 08/12/2011, porém como não sabíamos não assistimos Carmen.
Fomos embora  no dia 10/12 e perdemos a oportunidade de assistir uma Ópera na Itália.
Che peccato!


No dia seguinte pegamos o carro e seguimos viagem rumo a Veneza passando por Pisa.